Nome: Kimi no Na wa
Gêneros: Drama, Romance, Escolar
*CONTÉM SPOILERS
Iniciando-se com a exibição dos PVs e se intensificando após o lançamento do filme, Kimi no Na wa sempre foi absurdamente endeusado e exaltado como uma suprema obra de arte intocável e insuperável sem quaisquer defeitos. Inicialmente, não tive interesse algum em assistir ao filme pois, desde o início, eu já havia o considerado um grande clichê.
Entretanto, ao passar vários meses observando toda a comoção que filme tinha causado e a quantidade de pessoas que estavam elogiando aquilo que eu havia considerado um clichê qualquer, acabei por criar grandes expectativas e ter uma grande ansiosidade em sanar minha curiosidade acerca do filme. O resultado, diferente daquilo que eu esperava, foi uma grande decepção.
Mitsuha é uma estudante moradora de uma pequena vila rural do interior, por outro lado, Taki é um estudante que mora na grande Tóquio e eles nunca tiveram qualquer contato. Por algum motivo (Não lembro ao certo se há um motivo), Mitsuha acorda em um lugar que não reconhece, um quarto aparentemente masculino e acaba por notar que seu corpo também é o de um homem. Da mesma forma, o mesmo acontecesse com Taki e, ignorando o constrangimento, eles tentam seguir o cotiano do outro, até notarem que podem se comunicar deixando mensagens em seu corpo ou em utensílios do dia a dia e, dessa forma, evitar atrapalhar a vida do outro. A partir daqui, o foco é na forma como cada um lida, aprende e melhora sua forma de agir observando o comportamento do outro e sentindo na pele a vida de alguém do sexo oposto (e tirando proveito disso) além de mostrar a forte amizade e o sentimento de amor que nascia da situação que ambos estavam.
Após toda essa confusão e convivência, Taki decide ligar para ela e descobre que o número é inexistente e, além disso, as trocas corporais pararam. Ele, curioso e determinado em encontrá-la, decide procurar o lugar onde ela mora usando como base os desenhos que havia feito a partir de suas lembranças. Após muita busca ele encontra o lugar e descobre que havia sido destruído pela queda de partes de um cometa há 3 anos, ou seja, Mitsuha, sua amada, já estava morta. Este é o plot twist usado como gatilho pra o início da segunda metade da trama.
Ainda inconformado e sem acreditar na cruel verdade que lhe foi exposta, Taki decide ir até um local que havia visitado enquanto estava no corpo de Mitsuha e acaba por encontrar um altar e algumas oferendas, sem se perguntar o que era e há quanto tempo aquilo estava ali, ele bebe o liquido que era uma das oferendas e, em seguida, claramente alterado, ele tem visões do passado dela e do momento do choque do cometa. Com uma clara ajuda de alguma divindade, ele consegue trocar de corpo novamente e usará dessa oportunidade única para salvar a vila e sua amada. Porém, seus esforços ainda não estavam rendendo e ele decide voltar para o lugar em que estava antes da troca corporal. Lá, Mitsuha, que estava no corpo de Taki, consegue escutar o chamado dele e, em um curto evento, eles conseguem se encontrar, ignorando completamente a diferença temporal.
Ela, que viu no futuro a veracidade do acontecimento e Taki que estava ali para confirmar a diferença temporal. A determinação e a vontade de mudar o passado em prol do amor estava no máximo. Porém, no momento final de seu encontro, onde cada um iria escrever o seu nome na mão do outro para que não se esquecessem, Mitsuha não consegue escrever o seu nome e ele a esquece em uma velocidade surpreendente, como se nada tivesse acontecido. Por fim, ela consegue fazer com que a grande maioria dos moradores evacuassem para a escola, que era a região segura, e evitar o desastre iminente.
8 anos depois do ocorrido, Taki continua sentindo que algo está faltando, ele continua a procurar por alguém. Ele sempre se sentiu curioso sobre a vila e o ocorrido, mesmo que "não conhecesse" ninguém de lá. Para concluir, inevitavelmente, ela também procurava por alguém e esta procura chega a um fim, no momento em que, finalmente, eles conseguem se encontrar.
Ela, que viu no futuro a veracidade do acontecimento e Taki que estava ali para confirmar a diferença temporal. A determinação e a vontade de mudar o passado em prol do amor estava no máximo. Porém, no momento final de seu encontro, onde cada um iria escrever o seu nome na mão do outro para que não se esquecessem, Mitsuha não consegue escrever o seu nome e ele a esquece em uma velocidade surpreendente, como se nada tivesse acontecido. Por fim, ela consegue fazer com que a grande maioria dos moradores evacuassem para a escola, que era a região segura, e evitar o desastre iminente.
8 anos depois do ocorrido, Taki continua sentindo que algo está faltando, ele continua a procurar por alguém. Ele sempre se sentiu curioso sobre a vila e o ocorrido, mesmo que "não conhecesse" ninguém de lá. Para concluir, inevitavelmente, ela também procurava por alguém e esta procura chega a um fim, no momento em que, finalmente, eles conseguem se encontrar.
"Seu nome é..."
Arte:
Quando se pensa na animação de Kimi no Na wa, os adjetivos que chegam a mente são: maravilhoso, incrível, épico, impressionante, excelente. Enfim, é inegável que a animação é incrivelmente boa, a imersão que ela causa devido à ótima qualidade dos cenários e efeitos, são surpreendentes. Isso é indiscutível. Nesse quesito é, de fato, uma obra de arte.
A trilha sonora também é excelente, principalmente com as músicas usadas durante o filme, cujas letras estão diretamente ligadas ao enredo e ao momento em que aparecem. Essa qualidade de arte já era esperada da CoMix Wave, estúdio de diversos filmes com qualidade de animação surpreendente.
Considerações Finais:
A primeira metade é, literalmente, regurgitada. Ela é relativamente rápida e todas as ideias são usadas superficialmente, apenas para introduzir, algumas vezes de forma forçada, e progredir o que será usado no decorrer da trama. Apesar disso, essa parte é cheia de momentos engraçados e é marcada por aquela característica de animes da vida cotidiana que os fazem gostosos e aconchegantes de assistir. Porém, até aqui, não há nada de surpreendente na trama, pode-se dizer que segue o mesmo rumo de um romance genérico em paralelo à troca corporal.
Esse união entre "Viagem Temporal" e "Trocas Corporais", como já dito antes, é usada, unicamente, como base para progressão do enredo, sendo desenvolvida de forma extremamente superficial. Em nenhum momento é dada uma explicação convincente o suficiente para justificar tais atos, o que faz disso algo extremamente forçado no enredo, entretanto, vale lembrar que o foco não é a ficção científica, dessa forma, tais defeitos não influenciam tanto no resultado final.
Ao fim da primeira metade, há o momento que mais prendeu o meu interesse, Taki descobre que Mitsuha morreu na queda de partes do cometa há 3 anos. De certa forma, esse foi um plot twist levemente inesperado, afinal, o começo do anime ditava um enredo que não seguiria para este rumo e isso, também, faz com que você comece a ter expectativas sobre como ele fará para mudar o passado. A segunda metade teria como objetivo responder essa questão e, apesar de toda a troca corporal/viagem no tempo ser ilógica, a forma como eles salvam os moradores é simples e completamente realista causando um certo contraste entre a forma como cada parte foi trabalhada.
Além disso, os personagens são completamente rasos, apesar de serem carismáticos e conseguirem conquistar quem assiste, eles estão ali apenas para servir como forma de progredir o enredo, não causando mudança alguma caso fossem substituídos, creio que deveria haver um tempo maior para explorar a profundidade dos personagens, apesar disso ser provavelmente impossível dentro da limitação de um filme.
Por fim, Kimi no Na wa não é um filme ruim, entretanto, creio que a exaltação exagerada acaba por fazer com que ele não chegue à altura das expectativas de muitos. Além disso, a maioria acaba por não reconhecer que o enredo é, em sua maioria, clichê e genérico, porém, esse clichê é bem trabalhado no decorrer do filme, fazendo com que ele seja, no mínimo, decente. Esse é um clássico caso de história que só dá certo se for em filme, caso Kimi no Na wa fosse uma obra com maior quantidade episódios, seria extremamente ruim.
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