Coco x Chico Fall Season Review


Edição de alto nível e qualidade

Desde 2017, ano em que dei início a este esquecido blog, sempre tive vontade de fazer um texto que falasse sobre as diversas obras lançadas durante o ano, uma retrospectiva do que cada temporada teve a oferecer, mencionando as obras que se destacaram ou fazendo um grande resumo de cada obra. No início de 2018, iniciei a primeira tentativa, mas não fiquei satisfeito em resumir a grande maioria das obras com poucas palavras e também não queria que se tornasse um texto extremamente grande. Por não conseguir ficar satisfeito com um meio em que a postagem conseguisse cumprir seu papel sem se tornar um texto absurdamente maior que os já vistos aqui antes, resolvi desistir da ideia. No início desse ano, tentei, mais uma vez, concretizar esta ideia, mas o destino foi o mesmo e, agora, ao fim do ano, me vejo em frente ao desafio da retrospectiva e a falha se mostra como uma certeza. Como resolver este problema e saciar meu desejo? 

Há algum tempo, acabei vendo uma certa postagem em um famoso site gringo do universo otaco, em que, ao fim de cada temporada, os redatores do mesmo se reúnem para dar suas opiniões sobre as obras lançadas. Ao recordar de tal postagem, pensei: ora, por que não ser um bom brasileiro e kibar a ideia alheia? Bem, sendo a ideia ver pontos de vista diferentes, não seria exatamente funcional se eu, solitariamente, apresentasse minhas considerações. Para tal, resolvi chamar meu grande amigo Coco, aquele com quem mais discuto e converso sobre os animes da temporada, para, junto comigo, expor suas opiniões.

Melhor Anime

Coco: Beastars

Começando com a lista, nada melhor do que começar pelo meu anime preferido do outono de 2019: Beastars.

Eu sou uma pessoa bem antenada em assuntos que me interessam e apesar de eu não me considerar um integrante da comunidade furry, eu gosto de várias obras que são produzidas por eles. Graças a isso, fiquei sabendo sobre Beastars assim que foi anunciado e, a princípio, não tive uma expectativa muito boa, ainda mais sabendo que seria 100% em CG, mas ao assistir ao primeiro episódio, percebi que estava bem enganado.

Beastars é um anime extremamente único e me fez ficar muito animado assistindo cada episódio. Apesar de parecer bastante com o filme Zootopia, ele possui uma temática de drama romântico escolar e é muito mais maduro do que a maioria dos animes nesse estilo, tratando de assuntos polêmicos e pesados. A história é contada aos olhos do protagonista, Legoshi, que apesar de ser um carnívoro monstruoso, é muito mais dócil do que a maioria dos personagens que a trama apresenta. O mundo de Beastars não é tão bem explorado no anime, mas dá pra entender com clareza como é a sociedade em que eles vivem (Que não é muito diferente da nossa, cheia de preconceitos e imperfeições). No geral, é um anime muito bem executado, com uma trama concisa que entrega o que promete, personagens bem desenvolvidos e uma animação excelente (O que é um feito e tanto, visto que o anime é 100% em CG).

Pontos negativos: 

  • Os primeiros episódios, apesar da animação fenomenal, possuem uma queda de fps brusca, tirando a fluidez da animação. Isso foi concertado nos demais episódios.
  • A sequência da invasão do Legoshi oo clã dos leões, os Shishigumi, foi bem estranha, afinal, era um lobo desarmado invadindo uma máfia de leões armados e apesar da cena dele salvando a Haru ter sido bem emocionante, não posso deixar de comentar que no geral foi algo bem “forçado”.

Pontos positivos:

  • A animação é fenomenal para um anime feito inteiramente em CG, são poucos os animes que conseguem a maestria que foi feita na animação utilizada em Beastars e que mantenham a fluidez que o mesmo conseguiu.
  • O anime é escolar, porém todo aquele clichê de animes escolares são descartados, sendo o foco principal do anime focado no drama e no romance do Legoshi com a Haru.
  • A trama é bem emocionante e imersiva e apesar do foco principal ser o Legoshi e a Haru, ainda consegue trabalhar bem com os demais personagens, até mesmo incluindo personagens aleatórios pra trama (Como a cena da galinha e seus ovos) sem atrapalhar a história principal.
  • A crítica social que o anime exerce é muito boa, visto que você consegue facilmente assemelhar a crítica dos carnívoros com a xenofobia e racismo que sofremos em nosso mundo atual, além do anime tratar de outros assuntos considerados tabu em nossa sociedade, como sexo e drogas.
  • Os personagens são únicos e extremamente bem desenvolvidos, fazendo com que você entenda as ações de cada um deles, mesmo que você não concorde com elas:
Legoshi, o lobo confuso que carrega consigo o dilema de não entender seus próprios sentimentos. Ele ama a haru? Ou só quer comer ela (literalmente)? Nem ele sabe ao certo.

Haru, a princípio, com sua personalidade tóxica e detestável, que consegue fazer com que ninguém apoie o que ela faz, mas que ao longo do anime (especialmente no arco dos Shishigumi) consegue mostrar que o que ela faz tem um propósito válido, mesmo que não seja o correto.

Juno, a lobo prodígio, que consegue fazer com que todos amem ela (Apesar de sua personalidade ser tudo uma atuação), é estrategista e não se dá pra saber ao certo se ela realmente ama o Legoshi, ou se só quer ele para promover sua campanha em virar a próxima Beastar.

Louis, que assim como a Juno, é estrategista e esconde ao máximo suas emoções (Para não parecer “fraco”). Ele é o personagem que eu mais detesto, mas também um dos mais bem desenvolvidos na história, visto que ele faz suas ações de maneira minuciosa e genial, sempre para obter seu objetivo máximo de se tornar um Beastar. 

No geral, Beastars é um anime que se destaca no gênero romance dramático, conseguindo executar com sucesso todas as premissas que prometeu entregar e garantindo o meu voto de AotS da temporada.

Chico: Hoshiai no Sora

Nos últimos anos, tendo em vista a notável queda de qualidade dos lançamentos, houve uma mudança de valor em certos termos. Antigamente, ao escutar algo sobre o "melhor anime", logo se pensava em uma obra excepcional, surpreendente, excelente. Hoje em dia, porém, o termo é mais válido ao pensar se tratar do menos pior e trazer à tona uma incógnita: É o menos pior por ser ruim, porém melhor que os demais ou por ser algo minimamente decente, talvez bom ou beirando o bom? Bem, felizmente, desta vez, a obra que vamos discorrer é decente.

O drama é um gênero que com certeza passou por uma notável evolução. Nos primórdios, ao se falar de um drama, logo se pensava em um anime que nos faria, com o decorrer dos episódios, criar algum afeto por determinado personagem, para, eventualmente, tirar sua vida, criando um momento de tristeza. Com o passar o tempo, o gênero caiu na estagnação e mesmo que as obras ainda conseguissem cumprir seu papel de abalar momentaneamente o emocional do espectador, isso não era necessariamente uma verdade para todas as parcelas do público. Dessa forma, era necessário buscar um novo apelo e uma reformulação do que era conhecido como drama.

Em nossa sociedade, os problemas emocionais e os problemas da vida sempre existiram, mas as gerações anteriores nunca os expuseram por precisar passar uma falsa imagem de força. Com a quebra deste paradigma e o surgimento de uma geração mais aberta com seus problemas e questões emocionais que, consequentemente, acaba influenciando as gerações anteriores, o gênero se adaptou para mostrar o verdadeiro drama que eu, você ou qualquer outra pessoa passou, passa ou pode eventualmente passar, trazendo questões como depressão, ansiedade, bullying ou outras. Esta nova vertente que divide espaço junto ao drama clássico atingiu um ponto de desenvolver com exatidão o conceito da palavra e renovar, com qualidade, um gênero estagnado.

Bom, a primeira coisa que deve ser mencionada é que Hoshiai no Sora não se trata de um shounen de esporte. De fato, é inegável ser um anime com uma temática de esporte, que, por sua vez, é secundária, tendo em vista que o esporte é meramente o meio em que os personagens se inserem e o que cria a ligação entre eles. Se alguns dos dramas dessa vertente acabam se prendendo a uma determinada questão, Hoshiai no Sora buscou ser generalista ao ponto de trazer até questões como violência familiar e identidade de gênero, tópicos ainda não tão desenvolvidos, mesmo em obras com esse aspecto. De certa forma, essa premissa de desenvolver diversos "problemas" em um mesmo grupo acaba por trazer um certo estranhamento, pois é um tanto irreal que todos os membros do clube tenham algum problema na vida ou talvez essa seja a forma de se mostrar que é algo mais comum do que parece.

De uma forma convincente, com o passar dos episódios, nos é mostrado as vidas de cada um dos personagens, seus problemas e suas lutas contra seus "demônios interiores". Algo que pessoas ignóbeis e fúteis de nossa realidade costumam chamar de coisa de "sadboy", menosprezando uma problemática de nossa sociedade, como esperado de pessoas desprezíveis.

Por essa série de razões, Hoshiai no Sora cumpre com excelência o papel pelo qual foi criado, não deixando pra trás nenhuma de suas premissas. Todavia, apesar de ter cumprido o papel fundamental dessa vertente, creio que deixou a desejar no drama em si, pois as situações em que realmente era possível sentir o sofrimento dos personagens foram poucas e, com exceção do protagonista, o desenvolvimento dos personagens foi praticamente inexistente, algo possivelmente justificável pelo fato da obra ter sido inicialmente planejada com 24 episódios e ter terminado abruptamente em sua metade, em que seu final completamente em aberto e história inacabada constitui um dos principais defeitos e uma das razões que devem lhe fazer pensar se realmente pretende começar a assistir algo sem fim. Por fim, mesmo considerando tudo isso, Hoshiai no Sora ainda se sobressai e se destaca perante aos demais animes da temporada e, por causa disso, o considero o melhor anime.

Destaque

Coco: Honzuki no Gekokujou

A princípio, quando li a sinopse, pensei que seria apenas um moeshit isekai, assim como foi Noukin e ao assistir ao primeiro episódio, eu realmente pensei que isso seria concretizado... Ainda bem que eu estava errado.

Diferente de moeshits, onde o foco é mostrar toda a fofura dos personagens fazendo coisas fofinhas, descartando totalmente o desenvolvimento da história, Honzuki no Gekokujou segue fiel a premissa da jovem bibliotecária que ama livros e só quer ler eles, independentemente das dificuldades que aparecerem. O moe é nulo, não havendo nenhuma cena promovendo a fofura da protagonista, pelo contrário, a maioria das cenas é ela se ferrando devido ao corpo fraco que possui. A história é desenvolvida de maneira fluida, não sendo nem rápida, nem devagar e todo episódio passa uma sensação de satisfação, visto que é um anime que cumpre o que promete.

Pontos negativos:
  • A protagonista brilha demais no anime, fazendo com que os demais personagens, apesar de importantes, não sejam tão interessantes assim.
  • A animação é bem razoável, nem boa nem ruim, mas possui um traço bem genérico, o que é triste, visto que o desenho e o traço das artes da Light Novel são maravilhosos.
Pontos positivos:
  • Maine é uma ótima personagem e ver ela evoluindo a cada episódio, mesmo diante de todas as dificuldades impostas, é extremamente satisfatório.
  • A trama é totalmente intrigante, te induzindo a assistir aos demais episódios para descobrir o que irá acontecer com a Maine a seguir.
  • É um anime calmo, porém possui suas cenas de tensão, na qual são muito bem executadas, te fazendo ficar apreensivo com o desfecho de cada acontecimento.
  • Cumpre totalmente com a premissa prometida e mesmo que ele não seja um anime excepcional, ainda assim é um ótimo anime para se passar o tempo, se tornando assim o meu destaque positivo da temporada.

Chico: Beastars

Este é um caso um tanto interessante, pois o coloquei em destaque por ser algo que nunca tinha visto antes, um anime cujo elenco é composto unicamente por animais e não o coloquei como o melhor por se tratar de um gênero já amplamente desenvolvido na temporada. Ainda no primeiro ponto, o universo de Beastars não se limita a uma mera fábula com animais falantes, mas traz os conceitos de predação para o universo e consegue adequá-lo a vários traços de nossa sociedade humana. Por outro lado, Beastars traz com excelência um drama romântico, em que o drama dos personagens se centram em questões de cunho social e amoroso. Legosi com seus medos de avançar em uma relação devido a sua natureza selvagem e instintos que tanto luta para conter, enquanto a Haru e o Louis buscam esquecer de seus problemas e posição social através do contato afetuoso.

Decepção

Coco: Hoshiai no Sora

Não me levem a mal, eu amei Hoshiai no Sora, porém ele possui um problema grave que não podemos fingir que não existe. O problema em si, não foi do anime, mas sim do estúdio responsável por ele.

Hoshiai no Sora é um excelente drama, no qual sua trama é retratada de maneira bem real, fazendo com que você fique imerso na história e nos personagens, sendo um ótimo slice of life dramático. As cenas de tensões são muito bem inseridas, de maneira que não fique cansativo ver desgraça atrás de desgraça e te pegando muitas vezes desprevenido, como foi no final do primeiro episódio do anime. Os personagens foram bem desenvolvidos e, apesar de todos serem “infelizes”, cada um possui uma infelicidade diferente, afetando suas personalidades e sua convivência social.

O que me fez colocá-lo como decepção, foi o fato de o estúdio não ter administrado o anime de maneira correta. Para os que não sabem, Hoshiai no Sora a princípio iria ser um anime de 24 episódios, sendo 2 cour, porém, pouco tempo antes da estreia do mesmo, isso foi cancelado, tornando-o um anime de apenas 1 cour. O cancelamento foi muito em cima da hora e o estúdio não conseguiria adaptar a trama do anime para apenas 12 episódios, logo chegaram a uma conclusão que iriam deixar do jeito que estava, sem mudar nada. Com isso, o episódio 12 que foi no ar, teve um cliffhanger desgraçado, no qual seria respondido logo na semana seguinte, mas que graças ao cancelamento, jamais será continuado.

Minhas expectativas com esse anime eram grandes e ele era um dos fortes pretendentes a AotS dessa temporada, porém a decepção foi gigantesca ao saber que o mesmo seria cancelado por decisão do estúdio e, por isso, ele está aqui nessa lista.

Chico: Hataage! Kemono Michi

A comédia é um gênero cujo os conceitos de qualidade não possuem quaisquer abrangência. A qualidade de uma comédia é algo abstrato, pois o cumprimento de seu objetivo depende unicamente do senso de humor daquele que assiste. Nesse sentido, várias opiniões controversas podem surgir ao dizer que algum anime de comédia é realmente engraçado. Konosuba é uma das comédias que mais me divertiram devido a sua aleatoriedade e certa imprevisibilidade. Sendo assim, ao ler que Hataage! se tratava de uma outra comédia do mesmo autor, criei expectativas de que seria uma obra tão divertida e proveitosa de se assistir quanto Konosuba foi e essa expectativa é a razão que me deixou tão decepcionado com esse anime. Kemono Michi é centrado na mesma piada constantemente sendo repetida em uma mesma situação. O protagonista, Genzo, e o seu amor extremamente exagerado por animais, que é um dos pilares da trama, é um tanto quanto forçado e acaba criando um sentimento de desgosto e irritação para com o protagonista, o que interfere na experiência com o anime. No fim, Hataage! se resume a algo que nem mesmo deveria ser chamado de comédia, pois o tédio e o sono são as únicas coisas que consegue entregar.

Pior Anime

Coco: Hataage! Kemono Michi

Eu sou uma pessoa que não gosta de comédia, são poucos os animes com esse gênero que me fazem dar risada pois gosto apenas de coisas que me surpreendem e a maioria dos animes de comédia que saem ultimamente possuem cenas e piadas previsíveis, que me deixam entediado. Eu já esperava que Hataage seria ruim, mas não pensei que seria tão horroroso como foi.

O primeiro episódio de Hataage foi até que surpreendente, pois no momento que vi que o autor disso era o mesmo de Konosuba, já estava esperando piadas sem graça, mas, por incrível que pareça, foi bem prazeroso assistir ao primeiro episódio, visto que várias das cenas que ocorreram foram imprevisíveis e divertidas, porém logo no segundo episódio já usaram e abusaram das mesmas piadas realizadas no episódio anterior, sendo algo extremamente previsível e sem graça e isso se estendeu até o último episódio, se tornando um anime torturoso de se assistir.

No geral, Hataage é um anime horroroso, no qual nem me dá vontade de pensar em pontos positivos para falar sobre ele e é um anime que deve ser evitado, a menos que você ache graça escutar a mesma piada a cada minuto.

Chico: Choujin Koukousei-tachi wa Isekai demo Yoyuu de Ikinuku you desu!

Anime ruim é algo que essa temporada não falhou em entregar. Haviam vários concorrentes para este posto, mas, em uma escolha baseada em desgosto, este, por não ser reciclável, foi o que se destacou perante o lixo. Ultimamente, há uma notável tendencia de tentar reinventar o isekai e trazer formas diferentes de desenvolvimento, em uma tentativa de se afastar do clichê e da estagnação. Nesse sentido, Choujin foi uma tentativa de transformar Danganronpa em isekai. Trazendo diversos prodígios de diferentes áreas do conhecimento e esportes para um outro mundo e os fazendo desenvolver tal mundo tecnologicamente e politicamente, como um Dr. Stone em que se oculta o processo de obtenção dos materiais e se aparece com mísseis, celulares e todo tipo de aparato em questão de poucos episódios. 

Sinceramente falando, a proposta não era tão ruim e era possível trazer algo minimamente decente, mas os isekais modernos, mesmo tentando variar as premissas, pecam em não conseguir se afastar do padrão durante o desenvolvimento e, no processo, acabam por criar algo muito pior do que se só tivesse feito o clichê conhecido desde o princípio. Tal falha é notável ao ver quanto o desenvolvimento do mundo é deixado de lado para mostrar o resgate de personagens sem importância e embates desprovidos de objetivo ou sentido. Não obstante, os momentos em que deveria se ter seriedade, como o início da religião criada pelos protagonistas para controlar a população e expandir sua influência, são feitos de forma cômica e dependente de fanservice, este que toma um grande tempo de certos episódios, tempo que poderia ser usado pra mostrar a origem dos aparatos criados e usados por eles.

Comparando com Danganronpa... Bem, creio que não seja a melhor das comparações, vamos descer o nível. Em Naka no Hito, a "habilidade" de cada protagonista sempre se mostrava de alguma forma e a obra trazia situações que forçavam tais habilidades a serem usadas e expostas. Já em Choujin, dos sete prodígios, somente três realmente tiveram algum destaque e, desses três, somente o protagonista e o negociador tiveram realmente um tempo de desenvolvimento. O único destaque que posso dar a este anime é por ele ter sido mais assistível que seus concorrentes das seasons anteriores: Kenja no Mago e Isekai Cheat Magician. Talvez essa tenha sido a única razão que me permitiu suportar esses doze episódios e posso dizer que seria impossível ter visto fora da temporada.

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